Doutor Reinaldo salva mais vidas durante a pandemia de COVID-19

Doutor Reinaldo salva mais vidas durante a pandemia de COVID-19

A pandemia de COVID-19 trouxe uma nova dinâmica ao testar as capacidades técnicas estruturais dos sistemas de saúde. Isto levou ao colapso de muitos sistemas de saúde no mundo, mesmo nos países desenvolvidos. Em África, particularmente em Moçambique, o cumprimento das medidas preventivas e outros factores ajudaram o sistema nacional de saúde com o apoio de parceiros a responder adequadamente ao aumento dos casos comunicados.

Porém, houve um aumento no número de casos moderados, graves e críticos a serem admitidos principalmente na cidade de Maputo, bem como entre os profissionais de saúde na linha da frente. Destes casos, muitos foram comorbidos e tinham mais de 60 anos, o que os tornaram ainda mais susceptíveis às piores complicações. Além disso, os grupos mais afectados durante o pico da pandemia foram médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar, tais como agentes de serviços.

Assinalando isto, o Ministério da Saúde em colaboração com a Organização Mundial de Saúde preparou uma formação para a gestão de casos graves e críticos com comorbilidade, prevenção e controle de infecções e deontologia e ética profissional para melhorar os cuidados, reduzir a duração da estadia, a mortalidade global e a qualidade dos serviços prestados tanto aos pacientes como aos profissionais de saúde. Por conseguinte, uma formação foi dirigida aos clínicos, técnicos de medicina, enfermeiros e agentes de serviço que trabalham com o manejo de casos COVID-19.

Dr. Reinaldo Dias, médico anestesiologista e reanimador do Hospital Central de Maputo e profissional do sector a mais de 11 anos fez parte do pessoal de saúde que beneficiou de tal formação, partilha os ganhos que teve com ela.

“Esta formação, ajudou a fazer melhor abordagem dos pacientes com COVID-19. Por outro lado, a aplicação da ventilação mecânica não invasiva tem me ajudado muito a tratar os pacientes com insuficiência respiratória e em alguns casos com sucesso, evitando a entrada do paciente em ventilação mecânica invasiva”. Disse o Jovem Medico

Dr. Dias acrescentou que depois da formação, passou a utilizar técnica que aprendeu na mesma “ A ventilação mecânica não invasiva era uma técnica que pouco usava e através do apoio técnico da OMS tenho usado com mais frequência. Por outo lado a Insulinoterapia no contexto de COVID-19 também tem sido uma técnica utilizada e com bons resultados.

O Doutor afirma ter salvado mais vidas aplicando as técnicas adquiridas apos a formação. “Sim, tive um paciente com insuficiência respiratória grave que no início da oxigeno terapia com máscara facial com reservatório, não teve sem melhoria, e nem com o iniciou alto fluxo, teve melhoria. Mas o seu quadro medico melhorou assim que passou pra ventilação mecânica não invasiva e após 8 dias começou o desmame e depois de alguns dias teve alta”.

Apesar de que Dr. Dias se encontra actualmente numa situação mais aliviada ontem o seu novo conhecimento ajuda-o a salvar mais pacientes, algumas dificuldades ainda persistem.  “Escassez de material médico e cirúrgico, falta de oxigénio, uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) por longas horas, tempo de trabalho prolongado, sensação de impotência diante das formas de apresentação grave são aspectos que continuo a enfrentar no meu dia a dia de trabalho”. Afirma o jovem medico.

Empenhado no seu trabalho Dr. Reinaldo afirma que gosta do seu trabalho porque “Salvou vidas e aliviu a dor e o sofrimento dos meus pacientes e isso faz me sentir uma alegria de poder ajudar alguém”.

O medico reafirma que o acto de Salvar vidas é muito importante, principalmente durante a pandemia “Salvar vidas humanas é sempre importante, e particularmente durante a pandemia por COVID-19.  Porque ela apanhou muita gente de surpresa. O vírus da COVID-19 infectou, pessoas aparentemente saudáveis, que ainda tinham muito por dar e muitos sonhos por realizar e repentinamente esses sonhos foram por água abaixo”.

Infelizmente o jovem medico afirma ter perdido, pacientes durante o tratamento do COVID-19, mas com o apoio da família e a esperança de existir vida coisas boas pra desfrutar e contemplar , consegui superar do terror trazido pela COVID-19.

Por fim o profissional de Saúde, afirma que recomendaria a mesma formação a outros “ Porque COVID-19 ainda é uma doença pouco conhecida por muitos profissionais de saúde em Moçambique. Visto que a abordagem é multissetorial, quanto mais profissionais de saúde estiver treinados, melhor será a abordagem no tratamento e seguimento dos pacientes, contribuindo assim para a redução da morbi mortalidade por esta patologia. Por outro lado, a capacitação de mais profissionais de saúde vai prepará-los melhor para eventuais vagas que poderão advir”.

Apesar, de louvar a iniciativa do ministério da saúde apoiado pela OMS e outros parceiros o jovem medico recomenda que estes tipos de “formações devem ser regulares e o patrocínio de apoio técnico aos Centro de Internamento para COVID-19 (CICOV’s )  deve ser distribuído por todo país. A OMS junto com os seus parceiros a deve equipar os Centro de Internamento para COVID-19 (CICOV’s ) ”.

A cobertura universal da saúde significa que todos os indivíduos e comunidades recebem os serviços de saúde precisam sem dificuldades financeiras excessivas. Um dos objectivos, da cobertura universal da saúde refere-se à qualidade suficiente dos serviços de saúde. Onde os mesmo devem ser suficientemente bons para melhorar a saúde das pessoas que recebem os serviços. Estas formações, financiadas pelo Banco islâmico do desenvolvimento, esta ajudar a melhorar significante a qualidade dos serviços de saúde particularmente o manejo de casos durante a pandemia de COVID-19.

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Joelma Pereira

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