Autoridades sanitárias em Tete recebem apoio da OMS para preparasse melhor para emergências de Saúde pública
A compreensão do risco que ameaça a saúde das pessoas, a planificação para mitigar o impacto, e a preparação para responder podem salvar vidas significativamente e preservar a saúde e o bem-estar. Assim, todos os gabinetes da OMS precisam de empreender, juntamente com governos, outras agências e parceiros da ONU, se necessário, análises e monitorização estratégicas regulares dos riscos, e planos de contingência relacionados.
Dr. Milton Raul Sabonete, Medico Chefe do districto de Tete e um dos participantes no exercício da elaboração do plano de preparação a respostas de saúde publica fala sobre a satisfação em fazer parte da formação. “Os ensinamentos que recebi neste workshop vai permitir-me elaborar de forma detalhada e minuciosa um plano de contingência para responder para possíveis eventos (como desastres naturais) de emergências de saúde publica. Ondem vamos ter a necessidade de fazer uma resposta rápida de forma multi-sectorial ”.
Durante três dias 45 profissionais de saúde da província beneficiaram de um workshop sobre a elaboração do Plano de contingência multi-riscos para o sector de Saúde realizado no distrito de Songo na província de Tete e facilitado pelo Ministério da Saúde em coordenação com organização Mundial da Saúde e com o financiamento do Governo de Flandres.
"No processo de desenvolvimento do Plano de Contingência para emergências sanitárias considerando determinantes de saúde como WASH, alterações climáticas, e eventos climáticos extremos são muito importantes para abordar perigos e riscos múltiplos na saúde publica que exigem acções multi-sectoriais" Diz Senhor Waltaji Kutane Responsável técnico de Alterações Climáticas e Saúde da OMS Moçambique.
Dada a localização geográfica da Província que faz fronteira com 3 países, Malawi, Zâmbia e Zimbabué Tete está exposta a muitas patologias, tais como a poliomielite selvagem, sarampo, malária, COVID-19 e outras patologias relacionadas com a diarreia. Nesta senta esta capacitação foi realizada no momento e lugar oportuno.
Moçambique é um dos países africanos que tem vindo a investir significativamente no seu sector da saúde, permitindo o acesso e utilização de serviços de saúde a 70% da população. No entanto, vários factores, tais como o crescimento populacional, a transição epidemiológica e outros que determinam a saúde das comunidades (tais como as alterações climáticas, factores ambientais, hídricos, educacionais e económicos), continuam a colocar uma pressão crescente sobre a capacidade de resposta do Sistema de Saúde, que está a enfrentar dificuldades para satisfazer as necessidades de saúde da população em todas as idades.
Dra. Luis Maimuna, Epidemiologista chefe da Repartição de Vigilância Integrada de Doenças e Reposta e Gestão de Emergências de Saúde Pública MMISAU e facilitadora do workshop “ A elaboração do plano de contingência distrital é crucial, para a implantação das actividades de preparação e resposta a um eventual evento ou surto, garante a redução da morbimortalidade e resposta local atempada.