A Organização Mundial de Saúde, estima que a vacinação evita por ano a morte de cerca de três milhões de crianças.

A vacinação é considerada uma das intervenções de saúde mais bem-sucedida mundialmente, do ponto de vista custo – eficácia, na prevenção de doenças evitáveis por vacinação e na redução da mortalidade materno-infantil.

A OMS e parceiros juntam-se ao governo na comemoração da Semana Africana de Vacinação sob o lema “População Vacinada - População Saudável”.

Esta semana foi inicialmente comemorada na década 80, após a região africana enfrentar várias epidemias, a OMS assinalou a última semana de abril como a semana de vacinação com o objetivo de acelerar o aumento da cobertura de vacinação recuperando os não vacinados ou com vacinação incompleta, para se reduzir as doenças imuno-preveníveis. Focalizando-se em pessoas de todas as idades em especial as crianças e mulheres em idade fértil no centro de atuação com uma abordagem inovadora, transversal e multissetorial.

Esta semana, oferece a oportunidade para promover a importância da vacinação, o acesso universal da população aos serviços de vacinação e o uso de vacinas em igualdade de direitos e incentivar o engajamento dos Governos e de diferentes intervenientes no reforço dos programas nacionais de vacinação. 

É de se louvar que Moçambique figura-se entre os estados-membros onde as campanhas de vacinação em massa, são promovidas, encorajadas ao mais alto nível, financiadas e executadas com uma grande aderência no seio da população. Os resultados atingidos em várias campanhas nacionais de vacinação nos últimos 3 anos falam por si.

Desde o surgimento da pandemia de COVID-19 a OMS e parceiros tem vindo a apoiar a execução com sucesso de viárias campanhas de vacinação de COVID-19; tendo vacinado por completo cerca de 15.044.823 pessoas que corresponde 98,9% do planificado. Hoje esta vacina, esta completamente integrada no calendário de vacinas de rotina na maioria dos centros de saúde no país.

Atualmente, a OMS como membro de Aliança Global para Erradicação da Pólio está apoiando financeiramente o ministério de saúde nas campanhas de vacinação contra a poliomielite direcionadas às crianças de zero a 15 anos, tendo atingido cerca de 9.221.000 de crianças em todo o país.

Em resposta ao surto atual surto de cólera, OMS e os parceiros apoiaram o Ministério de Saúde na execução de duas rondas de vacinação em seis províncias, das 10 atualmente afetadas pelo surto, atingindo cerca de 2.488.444 pessoas, correspondendo a 100% do planificado.

Entretanto, apesar dos ganhos conseguidos, a nível mundial e regional, ainda persistem desafios no que tange à manutenção ou continuidade da vacinação como um elemento essencial dos cuidados primários de saúde.

De acordo com o Diretor Nacional do Programa Alargado da Vacinação (PAV) no Ministério de Saúde Dr. Leonildo Nhampossa, “em Moçambique apesar dos níveis de coberturas vacinais serem superiores a 90%, ainda existe a necessidade de reforçar as ações que visam garantir a utilização dos serviços de vacinação por parte da população e diminuir a taxa de abandono ou abstinência”.

Dr. Carlos Funzamo ponto focal da Imunização na OMS Moçambique (NPO/EPI Country Officer) acrescenta que: “a OMS, tem prestado apoio na aquisição e conservação de vacinas e na formação dos técnicos da ministério de saúde e em melhorar a qualidade de dados de vacinação e planificação, no Sistema de Informação de Saúde para Monitoria e Avaliação (SIS-MA).

No ano passado a OMS formou mais de 165 técnicos de estatística, gestores de dados, pontos focais, responsáveis pelo Programa Alargado de Vacinação e responsáveis distritais em quatro províncias na qualidade de dados relacionados a vacinação da COVID19 . “Os profissionais de saúde que lidam com os dados não exclusivamente relacionados com as campanhas de vacinação contra COVID-19, mas também na luta contra poliomielite, entre outras. As competências são transferíveis. Graças ao ECHO, podemos reforçar todo o sistema de saúde” acrescenta Dr. Carlos Funzamo

Os dados de vacinação credíveis no SIS-MA ajudam a melhorar o atendimento dos utentes, sendo que se tornam acessíveis a qualquer profissional de saúde sempre e quando precisa, sem ter de passar por registos em papel reduzindo deste modo as chances de erros ou duplicação de serviços  .