Angola aposta na prevenção eficaz e controle de doenças não transmissíveis

Angola aposta na prevenção eficaz e controle de doenças não transmissíveis

A saúde é um direito fundamental e universal, e a prevenção de doenças é uma prioridade global. Em Angola, tal como noutros países, as doenças não transmissíveis (DNTs) representam um desafio crescente para os sistemas de saúde e o bem-estar da população. A Organização Mundial da Saúde inclui no grupo de doenças não transmissíveis as doenças pulmonares crónicas, cancro, diabetes, doenças e cardiovasculares. Estas doenças têm se tornado num fardo cada vez mais pesado em todo o mundo, representando colectivamente 74% de todas as mortes globais.  

Neste contexto, o Ministério da Saúde de Angola, conjuntamente com a Organização Mundial da Saúde e com o apoio financeiro do Governo da Alemanha, realizou um Workshop para a Validação Técnica do Plano Multissectorial de Doenças Não Transmissíveis. Com o objectivo de desenvolver um plano abrangente que abordasse as principais questões relacionadas às DNTs, o encontro reuniu todas as partes interessadas, desde profissionais de saúde, académicos, representantes de diversos ministérios, parceiros das Nações Unidas e representantes da sociedade civil e do sector privado. Durante a abertura do evento, Dr. José Martins Franco, chefe do Departamento de Controlo de Doenças da Direcção Nacional de Saúde Pública ressaltou a importância da colaboração de todos.  

‘’Reconhecemos que a prevenção eficaz e o controle de doenças não transmissíveis, requerem a liderança e a coordenação dos múltiplos intervenientes na área da saúde, tanto a nível do governo, quanto envolvendo uma gama de actores da sociedade civil  e de outros sectores chave.’’ - Dr. José Martins Franco 

Foi salientado que a prevenção e o controle das DNTs exigem uma abordagem multifacetada, que envolva não apenas o sector da saúde, mas também outros sectores, como a educação, finanças, agricultura, transporte, comunicação e meio ambiente. A participação activa de representantes de diferentes sectores durante o workshop reflectiu o compromisso colectivo de enfrentar este desafio de forma abrangente e coordenada. 

‘’É muito importante que os vários sectores ministeriais se sentem e debatam as questões de saúde pública, porque elas afectam toda a gente, pelo que não são questões isoladas do Ministério da Saúde, mas também transcendem outros ministérios." - Eng. Vladmir Quiar, Ministério do Ambiente 

Durante o workshop, foram discutidas estratégias para enfrentar as DNTs, como a promoção de hábitos saudáveis, a sensibilização sobre os factores de risco e a melhoria do acesso aos cuidados de saúde. Estes esforços estão alinhados com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas, especialmente a meta 3.4 de redução da mortalidade prematura por DNTs até 2030. Além disso, foram identificadas prioridades e estabelecido um cronograma para a implementação do plano, monitoria e avaliação do seu progresso. Dra. Fernanda Alves, oficial de Saúde da OMS, reforçou o importante papel da Organização neste processo: 

‘’A OMS desempenha um papel de liderança fundamental na coordenação e promoção da luta global contra as doenças não transmissíveis e na consecução da meta 3.4 dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável. É neste contexto que gostaríamos de reiterar o nosso apoio ao Ministério da Saúde para garantir o reforço do sistema de saúde.’’ - Dra. Fernanda Alves 

Em resumo, o workshop para a Validação Técnica do Plano Multissectorial de Doenças Não Transmissíveis em Angola foi um passo importante na luta contra as DNTs no país, reunindo diversos actores para elaborar um plano que visa promover a saúde e o bem-estar da população angolana.  

A validação técnica do plano é um passo crucial que precede a aprovação, a mobilização de recursos, a apresentação, a divulgação e a implementação subsequentes. Este processo é fundamental para garantir não apenas a eficácia do plano, mas também o seu alinhamento com as melhores práticas, promovendo uma vida mais saudável para todos os angolanos. 

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Olívio Gambo

Oficial de Comunicação
Escritório da OMS em Angola
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