Angola celebra o Dia Mundial da Malária com foco no compromisso renovado

Angola celebra o Dia Mundial da Malária com foco no compromisso renovado

Luanda, 25 de abril de 2025 – Angola celebrou o Dia Mundial da Malária com uma cerimónia realizada na Universidade Privada de Angola (UPRA), em Luanda, sob o tema global “Reinvestir, Reimaginar, Reacender”. O evento reafirmou os esforços contínuos do país para reduzir o impacto da malária e alcançar o objectivo de eliminação até 2030, em conformidade com a estratégia global da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A malária continua a ser um problema grave de saúde pública. De acordo com o Relatório Mundial sobre a Malária de 2024, a região africana da OMS é a mais afectada pela doença, sendo responsável por cerca de 94% dos casos de malária e 95% das mortes por malária estimadas em todo o mundo em 2023.

Em Angola, a malária continua a ter um impacto significativo na saúde pública. Em 2024, foram registados mais de 7 milhões de casos de malária e cerca de 11 mil mortes, afectando principalmente crianças e mulheres grávidas. O fardo é particularmente elevado nas zonas com acesso limitado aos serviços de saúde.

“O nosso desafio é garantir que nenhum angolano fique sem acesso a um diagnóstico e tratamento gratuitos da malária”, enfatizou o Dr. José Franco Martins, chefe do Departamento de Controlo de Doenças.

Apesar dos notáveis progressos registados nos últimos anos, incluindo a distribuição de mais de 12 milhões de redes mosquiteiras tratadas com insecticida e o aumento do acesso a testes de diagnóstico rápido, Angola continua a enfrentar obstáculos significativos, particularmente no que diz respeito à expansão da cobertura dos serviços de saúde às zonas rurais.

Durante o evento, o Ministério da Saúde apresentou as principais conclusões de uma supervisão do sector privado de saúde em Luanda, destacando práticas promissoras e desafios no diagnóstico, tratamento e registo de casos de malária.

A actividade, realizada em Janeiro de 2025, envolveu várias clínicas privadas e centrou-se na avaliação da qualidade dos cuidados e das medidas de prevenção.

O Dr. Indrajit Hazarika, Representante da OMS em Angola, apelou a uma acção urgente e colectiva para combater a doença: “A malária pode ser prevenida e tratada. Acabar com ela começa por mim, por si, por todos nós. Temos de reinvestir, reimaginar soluções e reacender a esperança de uma Angola livre de malária”, afirmou com paixão.

O Dr. Indrajit Hazarika reafirmou o compromisso da Organização Mundial de Saúde em apoiar Angola no reforço da vigilância da malária, na expansão do acesso a ferramentas essenciais e na criação de sistemas de saúde resilientes capazes de combater a malária e outras doenças. “Não nos esqueçamos de que cada vida perdida devido à malária é uma vida a mais. E cada vida salva é uma victória — não só para a saúde, mas também para a dignidade, as oportunidades e a esperança”, afirmou.

O Dia Mundial da Malária assinala mais um passo resoluto para reduzir a morbilidade e a mortalidade até 2025 e atingir o objectivo nacional de eliminar a malária como problema de saúde pública até 2030.

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Olívio Gambo

Oficial de Comunicação
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