Começos saudáveis, futuros esperançosos

Começos saudáveis, futuros esperançosos

Hoje, Angola junta-se à comunidade global para celebrar o Dia Mundial da Saúde, dedicado à saúde materna e infantil, sob o lema “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”. Este dia comemora a fundação da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1948 e serve para apelar às comunidades, organizações e governos para trabalharem em conjunto na defesa de ações que possam melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas em todo o mundo.

Este ano, o Dia Mundial da Saúde, celebrado sob o tema “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”, é um lembrete solene da nossa responsabilidade colectiva de pôr fim às mortes maternas e neonatais evitáveis e de dar prioridade, a longo prazo, à saúde e ao bem-estar das mulheres e das crianças.

Apesar dos avanços significativos, as mortes maternas e de recém-nascidos continuam a ser um problema crítico. Todos os anos, cerca de 300 mil mulheres morrem em todo o mundo de causas relacionadas com a gravidez e mais de dois milhões de bebés morrem no primeiro mês de vida. Na região africana da OMS, morrem 20 mães e 120 recém-nascidos a cada hora, num total de 178 mil mortes maternas e um milhão de mortes de recém-nascidos por ano. 

Estas estatísticas representam vidas reais perdidas, famílias desfeitas e futuros perturbados. A OMS apela à intensificação dos esforços dos governos, do sector privado da saúde, da sociedade civil e dos parceiros de desenvolvimento para garantir o acesso a cuidados de saúde de qualidade e equitativos, especialmente nos países com baixos rendimentos e em contextos vulneráveis.

O Dr. Indrajit Hazarika, Representante da OMS em Angola, salienta que: “O Dia Mundial da Saúde é uma oportunidade para celebrar os progressos notáveis alcançados na área da saúde e para defender ações urgentes que permitam enfrentar os desafios profundos que persistem. Este ano, centramo-nos na saúde materna e infantil, dado que, a cada sete segundos, em algum lugar do mundo, ocorre uma morte evitável de uma mulher ou de uma criança. Não se trata apenas de números; representam vidas reais perdidas, famílias destroçadas e futuros interrompidos.”

Angola fez progressos significativos na saúde materna e infantil, reduzindo a mortalidade neonatal de 24 para 16 mortes por 1.000 nados vivos, a mortalidade infantil de 44 para 32 mortes por 1.000 nados vivos e a mortalidade de menores de cinco anos de 68 para 52 mortes por 1.000 nados vivos. No entanto, subsistem desafios, nomeadamente no que diz respeito à cobertura dos cuidados pré-natais e à assistência qualificada aos partos. 

Para melhorar significativamente a saúde materna e infantil e proteger as mães e os seus bebés, a OMS incentiva o Executivo e os parceiros a investirem em serviços de saúde materna e neonatal de grande impacto, a garantirem o acesso equitativo a cuidados de qualidade, a adoptarem leis que protejam os direitos à saúde, a abordarem as desigualdades sociais e económicas e a reforçarem a responsabilização e a inovação. 

O Plano Estratégico Integrado para a Saúde Sexual, Reprodutiva, Materna, Neonatal, Infantil, do Adolescente e Nutricional (SRMNIA-N), recentemente desenvolvido, é uma ferramenta essencial para orientar a cobertura universal de intervenções de grande impacto e qualidade, com vista a reduzir a mortalidade materna e infantil e a melhorar o estado nutricional da população. 

O Plano está alinhado com a Declaração de Luanda, adoptada em Junho de 2022, e fornece orientação política para implementar o "compromisso nacional com a saúde das crianças e das mulheres, bem como a luta contra as principais doenças endémicas". 

O Dr. Hazarika acrescenta: “Investir na saúde materna e neonatal gera retornos económicos substanciais, para além de salvar vidas, com estimativas que sugerem que cada dólar investido pode gerar um retorno de 7 dólares. Além dos benefícios económicos, cada vida salva contribui para a continuidade de famílias, comunidades e sociedades mais fortes. Vamos trabalhar em conjunto com o Executivo, as famílias, o sector privado, as universidades e todos os parceiros para intensificar os esforços de modo a pôr fim às mortes maternas e neonatais evitáveis e para dar prioridade à saúde e ao bem-estar das mulheres a longo prazo em Angola.”

A OMS renova o seu compromisso de apoiar Angola na melhoria da saúde materna e infantil, garantindo que cada início de vida saudável conduza a um futuro promissor para as crianças, famílias e comunidades.

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Olívio Gambo

Oficial de Comunicação
Escritório da OMS em Angola
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