Cabo Verde lança campanha da vacina contra HPV e vacinação dos profissionais de saúde contra a Hepatite B
Aconteceu no dia 08 de fevereiro o ato de lançamento da campanha da vacina contra o Papiloma do Vírus Humano (HPV), que engloba as meninas dos 10 aos 13 anos. O objetivo desta campanha é proteger a saúde da mulher, dai há necessidade de vacinar as crianças antes da entrada da atividade sexual como forma de contribuir para a redução de cancro uterino. Também no mesmo dia foi lançada a vacina contra a Hepatite B que visa proteger a saúde dos profissionais da saúde e dos cuidadores.
O lançamento que teve lugar no salão de banquetes do Palácio do Governo, foi presidido pelo Primeiro-Ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva e contou com a presença do Senhor Ministro da Saude e Segurança Social, Arlindo do Rosário, da Primeira-Dama de Cabo Verde, Lígia Fonseca, da Coordenadora Residente do Sistema das Nações Unidas, Ana Graça, e dos Representantes da OMS e UNICEF.
O Primeiro-Ministro, Ulisses Correia e Silva, reconhece o sofrimento que as mulheres em Cabo Verde têm passado e enfatizou que “muitas mulheres em Cabo Verde sofreram, foram evacuadas e muitas morreram por causa de uma doença que é evitável”. Renova se as esperanças que com essa vacinação o país estará a salvar vidas e a criar mais confiança no futuro.
A apresentação técnica da vacina foi feita pelo Diretor Nacional da Saúde, Jorge Noel Barreto, e o mesmo afirma que nesta primeira fase se pretende vacinar cerca de 4.900 meninas, , e espera que nos próximos anos a faixa etária das mulheres que deverão ser alvo da vacinação possa ser alargada.
“É cientificamente provado que a vacinação é de extrema importância na eliminação de doenças e salvação de milhões de vidas por ano” salientou Ana Graça, Coordenadora do sistema das Nações Unidas em Cabo Verde.
Segundo Lígia Fonseca, este ato é motivo de muita “alegria e de esperança de que a política deve continuar a ser um instrumento para cada cidadão possa viver com dignidade”, e reforça no seu prelúdio que essa doença não será eliminada na sua plenitude, “ainda vamos chorar muitas mulheres, mas em cada choro iremos confortar na esperança de que com essa vacina essa linha ascendente terá uma curva e as meninas que hoje estão entre 9 a 14 anos não estarão a correr esse risco de contraírem a doença”.
O cancro uterino é um problema da Saúde Pública Mundial, diz Ana Graça. A introdução desta nova vacina de HPV tem sido trabalhada conjuntamente pela OMS, UNICEF e o Ministério da Saúde e de Segurança Social com objetivo de criar a estratégia para a sua eliminação.