Cabo Verde já não precisa de campanhas de desparasitação em massa nas escolas e jardins infantis
Praia, Cabo Verde - Um inquérito sobre a prevalência das parasitoses intestinais, realizado há cerca de um ano a nível nacional, envolvendo crianças do pré-escolar e do ensino básico com idades compreendidas entre os 4 e os 12 anos, mostra que o país já não precisa de campanhas de desparasitação em massa devido à baixa prevalência das parasitoses intestinais.
Embora a prevalência de protozoários em algumas ilhas, segundo os dados do inquérito, seja ligeira e se tenha verificado um aumento da Ascaris Lumbricoides, popularmente conhecidas por lombrigas, na ilha da Boa Vista, o país deve agora focar na vigilância e ações especificas nos Concelhos onde ainda a prevalência da intensidade é relevante, visto que as campanhas de desparasitação em massa já não são necessárias.
“No inquérito também encontramos a prevalência de protozoários, que também são parasitas, cerca de 36,1% o que mostra que devemos fazer mais campanhas de sensibilização junto das escolas e da população sobre a higiene e o saneamento” destacou a coordenadora do inquérito – Dulcineia Trigueiros.
Segundo a OMS Cabo Verde está ausnete da helmintíase
A desparasitação em massa nos jardins de infância e escolas do ensino básico obrigatório tem sido implementada desde 2007. Volvidos 12 anos, depois do último inquérito sobre os Distúrbios Devido a Carência em Iodo e 10 do último inquérito sobre a prevalência dos parasitas intestinais, a OMS e a UNICEF responderam de forma positiva à solicitação do país com a assistência técnica e financeira para a realização deste estudo, pois, já havia a necessidade de se produzir novas evidências, medir o impacto das intervenções e traçar novas metas.
Os resultados dos inquéritos tinham vindo a demostram uma redução na prevalência das parasitoses intestinais o que levou Cabo Verde a reduzir as campanhas anuais de desparasitação de duas para uma até a presente data, antes da realização deste último inquérito.
“Em relação à prevalência de parasitose intestinal, houve uma melhoria significativa em relação ao inquérito realizado em 2012. Diminuímos a prevalência de 78.3 para 41,6. Em relação à prevalência dos helmintos transmitidos pelo solo tivemos uma diminuição também de 21% para 8,3% que segundo a OMS nós estamos ausentes da helmintíasie” - realçou a Dulcineia Trigueiros, Coordenadora do Inquérito.
Apoio da OMS visa pôr fim a doenças tropicais negligenciadas
A OMS vem apoiando Cabo Verde, através do projeto ESPEN, que visa por fim às doenças tropicais negligenciadas, com o tratamento em massa através de campanhas anuais de distribuição de desparasitantes, beneficiando uma média de 80.000 crianças e com uma taxa de cobertura acima dos 90%.
Felicitamos o país pelos resultados alcançados.