OMS, apoia o Ministério da Saúde Pública e o INASA na celebração da Semana Mundial de Sensibilização para o Uso Consciente de Antimicrobianos

OMS, apoia o Ministério da Saúde Pública e o INASA na celebração da Semana Mundial de Sensibilização para o Uso Consciente de Antimicrobianos

Bissau - A OMS, está a apoiar o Ministério da Saúde Pública através do Instituto Nacional da SaúdePública (INASA) na realização das actividades relacionadas com a Semana Mundial de Sensibilização para o Uso Consciente de Antimicrobianos. Esta semana, comemorada de 18 a 24 de Novembro, tem como objetivo chamar a atenção para os riscos associados a má utilização dos antibióticos, antivirais, antiparasitários ou antifúngicos.

No dia 20 de Novembro, em parceria com o INASA, organizou-se um workshop para a elaboração de um plano de ação nacional para a vigilância, monitoria e prevenção de Resistência Antimicrobiana (RAM). A RAM acontecequando os medicamentos deixam de funcionar como deveriam contra as doenças transmissíveis, uma vez que osmicróbios protegem-se e adaptam-se, levando a infecções mais resistentes aos medicamentos. Este importanteevento, contou com a presença do Representante da OMS, Dr. Jean- Marie Kipela, do Ministro da Saúde Pública, Dr. Dionísio Cumbá e do Presidente do INASA, Dr. Aladje Baldé.

No discurso de abertura, o Dr. Jean-Marie Kipela, declarou que “na região africana da OMS, mais de metade dasmortes são causadas por doenças transmissíveis, como o paludismo, a tuberculose, o VIH/SIDA e outras infecçõessexualmente transmissíveis, que são tratadas com antimicrobianos. Por isso, a resistência a estes medicamentos põe em risco décadas de progresso na luta contra estas doenças”. Apelou ainda ao povo guineense a “fazer umuso consciente dos medicamentos, usar apenas os remédios receitados por um profissional de saúde e tomá-losexactamente como prescrito”.

Por sua parte o Ministro da Saúde Pública, Dr. Dionísio Cumbá afirmou que “A RAM conduz a um perigoassociado, ao sofrimento prolongado do indivíduo e ao aumento de custos dos cuidados de saúde, portanto constitui um cargo muito grande para a sociedade”. Por último, anunciou que “esperava que desta conferência saíssem uma série de recomendações que vão permitir ao Ministério da Saúde e o Governo, tomar medidasespecíficas destinadas a conter a propagação da RAM na Guiné-Bissau”.

Depois da abertura, houve ainda uma série de apresentações, nomeadamente do Dr. Faustino Correia, (ponto focal da UNAIDS na Guiné-Bissau) sobre as definições e conceitos da RAM, do Dr. Aladje Baldé, sobre os desafios do Serviço Nacional de Saúde para a deteção e vigilância de RAM e por último do Dr. Adelino Gomes, (consultor de Prevenção e Controlo das Infecções (PCI) na OMS), apresentou o plano global de prevenção de RAM proposto pela OMS. Os hospitais, laboratórios apresentaram também as resistências registadas nas suas estruturas de saúde. Uma vez terminada as exposições, os participantes guiados pela equipa de PCI trabalharam em conjunto naelaboração do plano anual de acção nacional para a vigilância, monitoria e prevenção de RAM.

Além desta importante actividade, a OMS tem feito um papel para sensibilizar a comunidade sobre o uso conscientede medicamentos. Elaboramos e imprimimos 300 posteres sobre a RAM, que foram distribuídos pelas estruturasde saúde de todas as regiões sanitárias do país. Em parceria com a Rádio Sol Mansi e a Rádio Nacional, estamos também a difundir mensagens para promover o uso consciente de antibióticos. O objetivo é que estas comunicações cheguem a todos os cantos da Guiné-Bissau, de Caravela até Boé.

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Miguel Felipe ALMEIDA

Oficial de Promoção da Saúde e Comunicação OMS
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