Angola conclui análise qualitativa das acções de resposta à epidemia de Febre Amarela

Angola conclui análise qualitativa das acções de resposta à epidemia de Febre Amarela

Luanda, 29 de Novembro de 2017 –  O Ministéro da Saúde acaba de concluir uma  análise qualitativa das acções de resposta à epidemia de Febre amarela que ocorreu em Angola entre Dezembro de 2015 e Junho de 2016. O exercício decorreu na cidade de Luanda,  de 21-23 de Novembro de 2017, com a participação de 29 peritos, incluindo profissionais da saúde, quadros do governo,  académicos, parceiros nacionais e internacionais do desenvolvimento e representantes do sector privado.

O exercício de revisão Pós-Acção da Epidemia de Febre Amarela é uma exigência técnica do Regulamento Sanitário Internacional (RSI/2005) com carácter mandatório para os países vítimas deste tipo de emergências sanitárias.

Considerada como o evento de maior magnitude nos últimos 30 anos, a epidemia de Febre Amarela em Angola teve como balanço final um total de 884 casos confirmados e 381 óbitos, distribuídos por 16 das 18 províncias do país. Luanda, Benguela, Huambo e Huíla foram as provincias mais afectadas, enquanto que a taxa de letalidade em todo o país foi de 8,6%.  Até a declaração oficial da epidemia em Dezembro de 2016, Angola tinha vacinado um total de 18 milhões de pessoas em campanhas de vacinação massiva conduzidas em 85 municípios de maior risco, representando  70% da população alvo. Este esforço contou com a ajuda de parceiros como nacionais e internacionais, com destaque para a OMS que enviou mais de 60 peritos para reforçar as actividades no terreno.

Durante o exercício de revisão das actividades de prevenção e controlo da febre amarela os participantes avaliaram as melhores práticas e os pontos fracos da saúde antes, durante e depois da epidemia. As áreas em análise incluiram a coordenação, vigilância epidemiológica, testes de laboratório, luta anti-vectorial, vacinação massiva, logística, gestão de dados, comunicação de Risco, advocacia e e mobilização social.

O exercício também teve como objectivo contribuir para a transparência, diálogo, confiança e prestação de contas das actividades desenvolvidas para o controdlo da epidemia.

No final dos três dias do encontro os participantes constaram que a revisão permitiu identificar boas práticas e desafios críticos no desenvolvimento de actividades estratégicas e operacionais urgentes que devem ser tomadas em conta, para capitalizar a experiência acumulada por Angola e garantir uma melhor resposta a emergências futuras.

Os participantes também recomendaram que este exercício seja alargado a todas as provincias afectadas pelo surto de fere amarela. Concluiram ainda que a coordenação diária dos actores e parceiros envolvidos na resposta à epidemia, assim como o reforço da liderança do MINSA, foram fundamentais para o sucesso. Como outros factores de sucesso, os participantes  indicaram ainda a resposta rápida e eficaz ao surto; a implementação de um plano para  vacinar 100% da população do país, o reforço de parcerias e o engajamento e participação comunitária na luta contra a doença.

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SOARES CAETANO Jose Da Costa

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